Fotógrafo cria uma França alternativa e surreal com filtros infravermelhos
Na série Dordonha, o amarelo canário toma o lugar do tradicional verde das folhagens, destacando-se em cenários levemente dessaturados

Fotos: Peter Pierre-Louis Ferrer
Você já imaginou como seriam paisagens se as cores fossem diferentes das que vimos? Aquele verde de um campo tornando-se de cor azul, mais lindo que o céu ou até mesmo a Torre Eiffel em tons verdes? Bom, se você nunca fez isso não precisa mais tentar agora, porque temos uma pessoa que fez exatamente isso. O engenheiro e fotógrafo Peter Pierre-Louis Ferrer, graduado em Instrumentação Óptica, usou sua “paixão pelas propriedades da luz” para criar paisagens que parecem vindas diretamente de um sonho. Desde 2012, quando focou-se em fotografia digital infravermelha, ele vem trabalhando nestas paisagens.
Pierre conta para o My Modern Met: “Descobri a fotografia digital infravermelha em 2012, durante meus estudos em engenharia óptica e de sensores. Depois de várias tentativas para dominar essa técnica, eu realizei minha primeira série em 2016 em Dordogne, quando decidi usar um filtro seletivo misturando luz infravermelha e luz visível”. O artista usou diferentes locais da França como janelas para seu mundo colorido, como Dordonha, no sudoeste, Sabóia, sudeste e Paris, no centro. Cada local também tem um filtro diferente, dando uma cor surreal característica a cada série.
Em sua série na Dordonha, o amarelo canário toma o lugar do tradicional verde das folhagens, destacando-se em cenários levemente dessaturados. Confira:
Do mesmo modo, na série em Sabóia, paisagens de tirar o fôlego são tingidas de vermelho vermelho maçã, inspiradas no aerochrome da Kodak
Já em sua série Paris Invisible, Pierre transforma a cidade luz em cenários leitosos e misteriosos, que, segundo ele, “oferecem uma visão alternativa desta cidade famosa e criam um contraste entre a pureza da natureza e a cidade”.
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